Friday, January 15, 2010

15/05/2008

Perdoa-me por fugir quando o mundo começa a desabar.
Perdoa-me por guardar rancor e raiva e depois deixá-los fugir com arrogância.
Perdoa-me.
Por pisar o risco,
pular a cerca,
passar para lá das marcas,
por ultrapassar todos os limites possíveis.
Perdoa-me por não te perdoar.
Perdoa-me por te querer,
por te olhar
tocar,
admirar...
Perdoa-me por ousar vocifrar o teu nome à brisa e ao vento
e deixá-los espalhar pelo mundo a mensagem:
'Eu amo-te!'.
Ontem.
Hoje.
Amanhã.
De dia ou de noite.
Aqui e agora.
Por décadas, séculos e milénios.
Perdoa-me por tudo isto e muito mais.
Perdoa-me por não sermos iguais.
Por sermos assim, tão diferentes,
perfeitos estranhos,
perfeitos imperfeitos.
mas perfeitos...
Sermos guerreiros da noite,
'capitães de areia'.
Sermos sim e não, num paradoxo de emoção.
Sermos um eu e um tu, que vivem em simbiose.
Perdoa-me por este brotar de palavras e frases
que não revelam mais do que uma louca,
uma insensata mente, corroída e débil
que nada faz se não pensar em ti,
gravar cada gesto, cada palavra,
cada contacto...
Perdoa-me a mim.
Perdoa-te a ti.
Perdoa-me por este sentimento ser um sempre,
que vai crescendo e apredendo lentamente
como é bom amar-te tanto assim.
(Para ti)

No comments:

Post a Comment